O ano de 2022 foi desafiador do ponto de vista de energia. A eletrificação e o reuso de energia são cruciais para atingir nossas metas de redução de carbono.
Garantindo nosso fornecimento de energia
A crise energética global adicionou uma dimensão extra aos nossos planos de otimização e descarbonização nas plantas de produção em 2022. Além de investigar novas iniciativas e investimentos para atingir nossas metas de redução de carbono, estamos na posição de ter que garantir o fornecimento suficiente de energia para manter nossa produção em operação.
Devido ao risco de escassez de gás natural, foi necessário preparar nossas plantas Danmark Protein e ARINCO para operarem com óleo combustível. Como consequência, as linhas de produção da Danmark Protein mudaram parcialmente para o óleo combustível no quarto trimestre do ano, com o biogás cobrindo 39% das necessidades totais de gás em 2022. Por enquanto, a ARINCO continua a usar uma combinação de gás natural e biogás. Neste ano, utilizou 44% de biogás. A transição para o óleo combustível é uma medida temporária até que a crise energética diminua.
Reorganização sob o Greenify
Em 2022, reorganizamos nosso fluxo de trabalho de energia sob um novo título: Greenify. Ele abrange nossas três plantas de produção próprias, o desenvolvimento da cadeia de suprimentos, pesquisa e desenvolvimento, e prestação de contas e rastreamento.
A criação de transparência de dados foi uma prioridade nesse ano, e trabalhamos para estabelecer uma visão geral de toda a empresa sobre os projetos de energia em andamento e o impacto resultante nas emissões de carbono. A disponibilidade de dados confiáveis nos dá a base para comparar e priorizar iniciativas em energia e para um melhor compartilhamento de conhecimentos e experiência entre as plantas.
Por meio de nossa colaboração com a Arla, estamos trabalhando agora com avaliações orientadas pelos parceiros como parte de um programa de melhoria contínua em várias plantas. A implantação de iluminação de LED, isolamento das válvulas de vapor e substituição de bombas são as três áreas foco para economia de energia em que trabalhamos em 2022. Novas áreas foco foram identificadas para 2023.
Nossas metas de redução de carbono significam que considerações energéticas estão cada vez mais incorporadas em todas as iniciativas de melhoria contínua em nossas plantas, como a instalação de uma nova unidade de tratamento de água gelada na ARINCO neste ano.
Em 2023, queremos desenvolver um programa de sustentabilidade para cada uma de nossas plantas. Isso servirá de apoio para nosso plano de ação para descarbonização e o desenvolvimento de um plano de investimento de capital para transformação do sistema de gerenciamento energético. Serão realizados workshops nas plantas e avaliações de mapeamento de energia para identificar outras iniciativas
A mudança para a eletrificação
A transição de combustíveis fósseis para outras fontes necessita de uma eletrificação dos nossos processos de produção. À medida que a tecnologia de bombas de calor amadurece, investigamos a possibilidade de incorporá-las nos nossos sistemas de aquecimento e resfriamento na Danmark Protein, um projeto complexo que requer um investimento significativo.
Em 2022, nós nos concentramos em projetar as especificações para o uso de bombas de calor para produzir água quente a 90 °C e água gelada. Esse trabalho continuará ao longo de 2023, com implementação planejada para 2024. A expectativa é que as bombas de calor cubram 11% das necessidades energéticas da planta, operada com energia verde fornecida por meio de um acordo de compra de energia para todo o grupo.
Pensando no futuro, o surgimento da nova tecnologia “power-to-x” apoiará o uso de eletricidade para uma maior variedade de necessidades. Em preparação para isso, a Danmark Protein será a primeira planta do grupo Arla a instalar um aquecedor elétrico de 15 MW em 2023. Localizado junto aos aquecedores a gás existentes, ele será capaz de alternar entre eletricidade e gás. A tecnologia será adaptada para uso em outras plantas da Arla após avaliação dos resultados.
Recuperação e reuso de calor
A expansão da Danmark Protein é crucial para o crescimento futuro da empresa. Para isso, lançamos um plano mestre de serviços públicos em 2021 para desenvolver a infraestrutura da planta. A recuperação e o reuso de calor são elementos fundamentais.
Uma iniciativa em andamento é o desenvolvimento de um sistema energético de água nas áreas de filtração. Para esse propósito, estamos construindo um sistema de 90 °C para recuperar o calor dos motores de biogás da planta e, posteriormente, das bombas de calor. O sistema fornecerá água quente para várias finalidades de aquecimento que atualmente dependem do vapor, por exemplo, para aquecer o ar em torres de secagem por atomização. O sistema energético de água deve estar disponível a todas as áreas de filtração na planta em 2024. A economia potencial de CO2 está estimada em 2.400 toneladas.
No último ano também concluímos a construção de um sistema de distribuição de calor excedente de 60 °C gerado pelos quatro compressores na Danmark Protein. A conexão do último compressor ao sistema significa que agora é possível aquecer os departamentos de lactose e hidrolisados, substituindo o sistema de aquecimento a vapor baseado em gás natural. A economia total de energia do sistema equivale ao consumo médio de aquecimento de 159 famílias na Dinamarca, ou seja, 632 toneladas de CO2.
Limpeza que economiza energia
Na Alemanha, nossa planta joint venture ArNoCo está sendo preparada para o uso de ultrassom para remoção de depósitos do trocador de calor na produção de lactose. O objetivo é reduzir o consumo de vapor durante a produção, trazendo uma economia de energia projetada de pelo menos 250.000 Kwh por ano. Após uma avaliação dos resultados, a tecnologia será adaptada para uso em outras plantas da Arla.
Na AFISA, na Argentina, um projeto para recuperar a solução de ácido nítrico do sistema de limpeza no local (CIP) está planejado para iniciar em 2023. Espera-se uma economia de energia considerável do reuso do agente de limpeza preaquecido em mais processos CIP. O consumo de ácido nítrico também será reduzido em cerca de 50%.
