Tendências de alimentos, nutrição e saúde para ficar de olho em 2023
• São uma fonte natural e lógica de proteínas na mente dos consumidores.
• Versatilidade: várias formas convenientes e deliciosas para fornecer proteínas.
• São vinculados à “permissão para indulgência” por meio de texturas cremosas e infinitas possibilidades de sabor.
• Ingrediente versátil: a proteína láctea pode ser facilmente adicionada a outros tipos de produto, de barras a bebidas.
Agora, as empresas devem acrescentar a essa lista “proteína da mais alta qualidade”, que é a grande – e até agora inexplorada – vantagem competitiva dos lácteos.
A história da proteína láctea é a história de pegar o que era, há trinta anos, um subproduto usado principalmente para ração animal, e reaproveitá-lo para se tornar um dos ingredientes mais valiosos e almejados para alimentos para humanos. Como resultado do aumento consistente de evidências científicas sobre seus benefícios, a proteína se fixou na mente dos consumidores como algo ligado ao bem-estar com o peso, uma forma corporal saudável e, cada vez mais, a outros pontos positivos. Com sua imagem natural, positiva e fácil de entender, a proteína láctea deve continuar a crescer em demanda. O setor de lácteos já demonstrou como ela é valorizada pelos consumidores em produtos posicionados para saúde, além de sorvetes e iogurtes indulgentes, oferecendo uma “permissão para a indulgência”.
No entanto, os consumidores atuais pensam mais sobre a quantidade em vez da qualidade. Isso não é uma surpresa, já que a qualidade da proteína não tem sido parte de campanhas de marketing de nenhuma empresa do setor.
A proteína láctea é de alta qualidade, em contraste com a maioria das proteínas vegetais, que são incompletas. Muitas delas possuem todos os aminoácidos, mas não têm a profundidade que a proteína láctea possui. As proteínas vegetais são insolúveis, o que significa que são de difícil absorção pelo seu corpo. Já as lácteas são solúveis, portanto, você pode obter um maior valor para a saúde com uma quantidade menor de proteína. Por que, afinal, você consumiria um produto com 10 g de proteína de ervilha se soubesse que poderia se beneficiar mais com 5 g de proteína láctea? Esta também vem com um pacote natural de nutrientes importantes, como as vitaminas B12 e D, CLA e zinco, ausentes na maioria dos alimentos com proteína vegetal.
Até agora, as empresas não comunicaram a qualidade da proteína, mas isso está mudando. Uma das pioneiras é a Chobani, gigante de iogurtes dos EUA. Sua linha de iogurtes Complete é direcionada aos consumidores que têm um interesse ativo em nutrição e fitness. A Complete é pioneira em transmitir a mensagem da proteína de qualidade a esse grupo influente de consumidores. Os fãs de esportes e fitness são os primeiros a adotar os novos benefícios que os ajudarão a ter o melhor desempenho possível. Uma vez que esse grupo abraça uma ideia, ela se espalha para o restante da população. Foi assim que o mercado de proteína láctea atual foi criado. As comunicações da Complete enfatizam o valor “nutricional avançado” da proteína láctea, explicando os aminoácidos e o significado da proteína completa. Em 2021, a marca obteve US$ 34,1 milhões em vendas no primeiro ano, de acordo com os dados do IRI.
A mensagem sobre a qualidade da proteína será um dos mais importantes impulsionadores de tendências nesta década. Mas, como vocês sabem, há muitas outras tendências de crescimento. Aqui está uma visão geral das dez principais tendências dos consumidores, que a NNB acredita serem as mais importantes de 2023:
1. Carboidratos: melhores, menos, mais ecológicos: as perspectivas são boas para as empresas nas categorias de carboidratos, graças à sua habilidade de reinventar produtos e manter sua relevância frente às necessidades em evolução dos consumidores, seja a incorporação de mais vegetais, mais proteínas ou mais grãos saudáveis. Os desafios econômicos dos próximos 3 a 5 anos trarão um aumento no consumo de massas, pães e outros alimentos que são reconfortantes, familiares e acessíveis.
2. O bem-estar digestivo se diversifica: cerca de um terço dos consumidores vivencia desconforto digestivo em algum momento. Buscar o bem-estar digestivo é uma forte motivação dessas pessoas, especialmente entre as que têm mais de 40 anos, idosos e mulheres. Graças à inovação em nosso setor, há pelo menos nove caminhos para o bem-estar disponíveis, entre eles os probióticos e fermentação, alto teor de fibras, livre de glúten e livre de lactose.
3. Os vegetais se tornam convenientes: os consumidores continuam a querer incorporar vegetais à sua dieta o máximo possível e estão buscando marcas que facilitam atingir esse objetivo.
4. A proteína animal se fortalece: o desejo de incluir mais vegetais na dieta não significa que os consumidores estejam necessariamente eliminando carne e lácteos. Como explicado acima, há um enorme potencial para aproveitar as vantagens naturais da proteína animal a fim de conseguir um crescimento contínuo de longo prazo.
5. A doçura reinventada: as marcas estão cada vez mais criativas para lidar com as preocupações dos consumidores em relação ao açúcar, ao mesmo tempo em que atendem aos seus desejos de doçura. As mensagens de “redução” ou “livre de” ainda são poderosas, mas os consumidores estão ainda buscando momentos de pura indulgência também, quando ficam felizes com produtos com alto teor de açúcar.
6. O paradoxo da proteína vegetal: embora ainda haja um forte interesse dos consumidores em proteína vegetal, há desafios nutricionais, técnicos e de sabor. Isso levou a uma interrupção do crescimento de substitutos vegetais de carne, e a uma queda de 12% nos EUA em 2022. Os queijos vegetais também continuam no mesmo patamar. As empresas que se baseiam em ciência têm a oportunidade de fazer um melhor trabalho para fornecer nutrição e sabor.
7. Repensar a gordura: os consumidores estão compreendendo melhor as diferenças entre os vários tipos de gordura. Um alto teor não é necessariamente algo negativo, mas os consumidores querem saber se o produto é uma fonte de gordura boa e natural.
8. O humor e a mente: o vínculo entre o alimento e o bem-estar emocional está atraindo o interesse dos consumidores, mas tecnicamente é desafiador para as marcas utilizarem alegações sobre fornecer um benefício que os consumidores podem sentir. Alguns alimentos, como o chocolate, não precisam nem de uma alegação, já que os consumidores sabem institivamente que podem recorrer a ele para melhorar o humor.
9. Alimentos de verdade e o desafio dos ultraprocessados: há um apetite crescente por “alimentos de verdade” devido à preocupação com os alimentos ultraprocessados. Os consumidores querem listas mais curtas de ingredientes que eles possam reconhecer. Da mesma forma que aconteceu com o surgimento da dieta mediterrânea, é o sul da Europa que lidera essa tendência.
10. Procedência e autenticidade: além de querer saber o que está em sua comida, os consumidores querem saber também qual a sua origem. Para muitos, isso significa querer produtos que sejam locais. Mas mesmo com produtos que não podem ser obtidos localmente, eles ainda desejam saber os detalhes da origem específica.
Este blog contém materiais e informações direcionados a consumidores B2B, fornecedores e distribuidores, e não é informativo para consumidores finais.